A IA está transformando o cenário empresarial global. Segundo uma pesquisa da PwC de 2023, 42% das empresas já utilizam IA em suas operações, enquanto 35% estão desenvolvendo planos para implementá-la. Contudo, a mudança cultural necessária para adotar a IA não deve ser subestimada. Assim como a eletricidade mudou o mundo, a máquina fotográfica, telégrafo, microcomputador,… internet, a IA promete reformular o ambiente de trabalho, desde que seja usada de maneira responsável e ética.
A Importância das Soft Skills em um Mundo Automatizado pela IA
Mesmo com o avanço da automação, a demanda por habilidades humanas continua a crescer. Soft skills, como empatia, comunicação e liderança, são fundamentais para criar um ambiente de trabalho colaborativo e eficaz.
Em um mundo onde a IA realiza tarefas automatizadas com rapidez e precisão, essas competências — incluindo a inteligência emocional — tornam-se cada vez mais essenciais. Segundo uma pesquisa da Dale Carnegie de 2023, embora 38% dos líderes acreditem que a IA pode melhorar seu desempenho, apenas 10% dos colaboradores compartilham essa confiança, refletindo o receio de que a IA substitua empregos ou exija habilidades que muitos ainda não possuem.
A Confiança e a Transparência São Essenciais para a Adoção da IA
Um estudo global da Dale Carnegie realizado em 18 países, com 3.375 profissionais, revelou que 72% dos entrevistados se sentiriam mais confortáveis com a IA se houvesse uma comunicação clara sobre o que a tecnologia está fazendo e como será implementada. Isso destaca a importância de uma comunicação aberta e transparente durante o processo de adoção de novas tecnologias. Quando a IA é implementada sem clareza, os colaboradores podem se sentir ameaçados, acreditando que seus empregos estão em risco, o que gera resistência em vez de colaboração.
Gestão da mudança.
Everett Rogers, em seu livro “Diffusion of Innovations”, aborda os desafios da mudança a partir da perspectiva de como inovações (ideias, produtos ou práticas) se espalham e são adotados dentro de um sistema social
Na visão de Everett Rogers, os principais desafios da mudança giram em torno da compreensão de como a inovação é percebida, quem está envolvido em sua adoção e como a comunicação e o contexto social afetam esse processo. As organizações precisam adaptar suas estratégias de mudança para responder a esses desafios, promovendo a adoção por meio de líderes de opinião, comunicação clara, apoio contínuo e sensibilidade às diferenças culturais e sociais.
Jason Little, autor do livro “Lean Change Management: Innovative Practices for Managing Organizational Change”, aborda os desafios da mudança a partir de uma perspectiva mais ágil e colaborativa, combinando conceitos de Lean, Agile e gestão de mudanças tradicionais. Ele foca em práticas simples e adaptativas para ajudar as organizações a navegarem pelas mudanças de forma mais eficaz.
Em seu livro ele comenta: “As pessoas têm uma maneira de lutar contra a dor da mudança quando desejam muito o resultado”; “A urgência por mudança surge através do diálogo honesto entre pessoas com diferentes pontos de vista”….”Lembre-se de que a mudança não começa na data de início escrita no planejamento, começa quando as pessoas sussurrarem no corredores…”
Implementar IA sem informar adequadamente os funcionários. Qual o resultados podemos esperar ? Um ambiente de desconfiança e medo, levando a uma maior resistência e menor adesão à tecnologia.
A IA já está moldando o futuro do trabalho, e seu impacto continuará crescendo.
No entanto, o sucesso dessa transformação não ocorrerá automaticamente; ele dependerá de como as organizações preparam suas equipes e de como os líderes gerenciam essa transição. Como a gestão da mudança será trabalhada.
A chave para o sucesso com a IA não está apenas na adoção rápida da tecnologia, mas na integração eficaz entre a IA e as capacidades humanas.
A criação de uma cultura organizacional que promova confiança, transparência e resiliência será essencial, assim como o investimento no desenvolvimento de soft skills — como empatia, inteligência emocional e liderança —, que continuarão a ser indispensáveis nesse novo cenário.
Empresas que priorizam essas competências estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios futuros. Como líderes, nossa missão é garantir que nossas equipes estejam prontas para abraçar essa nova era com confiança e entusiasmo.
Na era da IA, o verdadeiro sucesso não será definido pela tecnologia, mas pelas nossas conexões humanas genuínas. Enquanto a inovação avança, é a empatia que transforma, e em um mundo de máquinas inteligentes, nossa maior força será sempre a nossa humanidade.
